quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Qualidade de vida e saúde



 Juraci Reis

Na concepção da OMS – Organização Mundial de Saúde, a seguir:
“Saúde é o estado de completo bem-estar físico, mental e social e não apenas a ausência de doença.” (OMS, 1948)

Já a Constituição Federal do Brasil (1988) nos Art. 196 e 198 definiu saúde como direito de todos e dever do Estado, dando todas as garantias de reduzir as doenças e igualdade de acesso aos serviços.
Para saber qual a qualidade de vida de um lugar, criou-se instrumentos de medida, que dá o indicador da qualidade do local, com valor conferido a vida e condições sociais, influenciadas pelas doenças, agravos, tratamentos, situação econômica etc.. Ou seja, são estudos de modelos econômicos. Esse instrumento tem por finalidade verificar a saúde da população e incentivar medidas com os cuidados específicos para que a população adquira saúde. É a Promoção da Saúde. O que é isso?
Cito a Carta de Ottawa que define promoção de Saúde a seguir:
É o processo de capacitação da comunidade para atuar na melhoria da sua qualidade de vida e saúde, incluindo maior participação em seu controle. Para atingir um completo bem-estar físico, mental e social, os indivíduos e grupos devem saber identificar aspirações, satisfazer necessidades e modificar favoravelmente o meio ambiente. A saúde dever ser vista como um recurso para a vida e não como objetivo de viver. Carta de Ottawa (1986)
É grande o interesse de se medir a qualidade de vida nos municípios para assim, buscar sanar as dificuldades através de subsídios de forma mais fidedigna possível, a fim de criar intervenções através de políticas públicas específicas para a situação detectada.
Esses indicadores mostram que o conceito de saúde está ligado diretamente a qualidade de vida, visto que para se ter saúde é necessário satisfazer todas as necessidades básicas do sujeito tais como: Habitação, alimentação, saneamento, higiene, educação, emprego, lazer, assistência social, saúde preventiva e cuidados com o meio ambiente: atmosfera, terra, água doce, oceanos, mares, biodiversidade.
Portanto, os indicadores vêm demonstrar através de um valor percentual as taxas de mortalidade infantil que é um forte indicador, pois quanto melhor a qualidade de vida, menor é a taxa de mortalidade infantil e vice versa. Assim também ocorre com os percentuais de doenças infecciosas – que podem ser prevenidas com vacinas e higiene; de obesidade – que está muito ligado ao de pobreza; o de gravidez na adolescência; o de diabéticos 2, ligado a obesidade pela alimentação desequilibrada; e também a expectativa média de vida – que pode aumentar ou diminuir de acordo com o desenvolvimento do local. 
Uma visão equilibrada das condições sociais e de saúde da população, mediadas com intervenções necessárias, não só minimiza os riscos de doenças, como altera o percentual nas chances de viver mais e com saúde, aumentando as expectativas de vida da população.

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