Também aqui em São Pedro da Aldeia não temos qualquer
atendimento, nem clínico, nem pedagógico ou terapêutico.
Decidimos paralelo a luta pelo direito do nosso filho
autista de 17 anos (direito questionado na Ouvidoria do MEC), tratá-lo em casa
através da criação de um ambiente de aprendizado.
Acho absurdo a incompetência do poder público de gerir
políticas públicas de qualidade para uma população que paga um dos impostos
mais caro do mundo.
"Segundo a Política Nacional de Educação Especial
na Perspectiva da Educação Inclusiva de 2008, é garantido às pessoas com
deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas
habilidades/superdotação atendimento educacional especializado, não
substitutivo à escolarização. O atendimento educacional especializado
disponibiliza os serviços e recursos da educação especial e orienta professores
da classe comum do ensino regular. Sua função é identificar, elaborar e
organizar recursos pedagógicos e de acessibilidade que eliminem as barreiras
para a plena participação dos alunos, considerando suas necessidades
específicas. Esse atendimento complementa e/ou suplementa a formação dos alunos
com vistas à autonomia e independência na escola e fora dela. Sendo assim, o
atendimento educacional especializado deverá ser oferecido em salas de recursos
ou centros especializados.”
“Cabe à Secretaria de Educação do Município, enquanto
executora das políticas de educação, oferecer a escolarização na escola comum
de ensino regular, com garantia de acessibilidade pedagógica, atendimento
educacional especializado em sala de recursos ou em centro especializado no
contra-turno da escolarização, equipe multiprofissional e demais recursos e
serviços necessários para a promoção da aprendizagem e participação do
aluno."
Trecho da carta da Ouvidoria em resposta à denúncia
pelo não atendimento à pessoa com autismo em São Pedro e em todas as cidades da
Região dos Lagos. As resposta da Secretaria de Educação são das mais
escabrosas. A última foi nos mandar esperar em casa para que montassem uma equipe
multidisciplinar, e quando estivesse montada nos avisariam...estamos esperando há
dois anos, mesmo cobrando e nenhuma resposta de equipe nem de escola. Ah! além
de escola também os autistas precisam de médicos que não tenham medo de
tratá-los e que conheçam o autismo; precisam de atendimento odontológico
inexistente atualmente. Lembrando que num tempo bem próximo do que se pensa,
todas as famílias terão um autista, segundo pesquisas americanas, é bom que se
comece a trabalhar ou estaremos fadados a uma população de deficiência mental
muito maior, que é para onde evolui o autista sem tratamento e escolarização.
Foi vergonhosa a fala do prefeito do Rio! Essa deve
ser a fala uníssona entre os prefeitos que se vestem de hipocrisia e cinismo
quando nos pedem votos; que roubam a esperança de famílias com suas promessas mau ditas; que se
enchem de brilhos pelo poder, mas escurecem suas mãos com a podridão da
política suja.
Na época meu filho estava com 17 anos, hoje tem 21 e continua sem atendimento. Até quando as autoridades vão brincar de fazer políticas públicas?
Na época meu filho estava com 17 anos, hoje tem 21 e continua sem atendimento. Até quando as autoridades vão brincar de fazer políticas públicas?
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