segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Como a escola pode ajudar na superação do trabalho alienado

Juraci Reis

Não basta para a escola ter um discurso libertador, é necessário que haja exemplo daquilo que ela apregoa. Uma sociedade comprometida com a vida coletiva, que atue na promoção de uma forma de pensar mais justa, onde o direito de todos é respeitado, deve ter a participação social dos diversos atores que circundam as escolas.
Consideremos o que disse Paulo Freire: “Tudo o que a gente puder fazer no sentido de convocar os que vivem em torno da escola, e dentro da escola, no sentido de participarem, de tomarem um pouco o destino da escola na mão também. Tudo o que a gente puder fazer nesse sentido é pouco ainda, considerando o trabalho imenso que se põe diante de nós que é o de assumir esse país democraticamente.” A maioria das escolas cita Paulo Freire em seu PPP, mas negam os conceitos desse grande pensador quando a prática não condiz com a teoria. Vemos escolas se dizendo cidadã - essa escola tão proclamada por Freire; outras  dizerem que formam alunos críticos e participativos, mas em suas práticas divergem inteiramente; assim sendo, enquanto a escola estiver utilizando desta dicotomia e nós ficarmos ausentes deste processo, continuaremos promovendo escolas excludentes. 
Tornar a escola uma organização aprendente, ou seja, transformá-la num ambiente de desenvolvimento, esse o principal e decisivo objeto na transformação da escola. A partir daí são ações, e todas realizáveis tais como: assegurar a individualidade, oportunizar encontros entre profissionais para troca de experiências e destes com a família, tornar essa família pertencente de um sistema escolar dando-lhe voz e vez, formação continuada em serviço, limpeza e organização, valorização da autonomia, participação nos colegiados, reconhecimento e respeito as diferenças, controle de faltas e evasões, ênfase na interação, trabalho em equipe, entre outros.
Indubitavelmente, atuemos em benefício de todos fazendo a diferença na sociedade que representamos, criando condições favoráveis à cidadania, e a partir disso, avaliemos o quão fortalecido essa sociedade ficará com a parte que nos cabe. 

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