domingo, 23 de dezembro de 2012

Reunião Pedagógica - instruindo para um plano funcional e significativo



1. PLANEJAMENTO

"Improvisar é recurso de emergência. Programar para agir é condição de equilíbrio".
Joanna de Ângelis

Todo o empreendimento humano deve ser planejado para sua completa realização. Quanto mais difícil e importante for o trabalho a ser realizado, tanto maior será a necessidade do planejamento.
Ensinar implica em ajudar a desenvolver a personalidade do educando; de um ensino bem realizado depende o desenvolvimento harmonioso dessa personalidade.

Planejar o ensino é prever os objetivos a alcançar e levar o educador a ensinar melhor, porque:

. Permite o atendimento de necessidades, capacidades e interesses dos educandos.
. Traz maior segurança ao educador.
. Proporciona economia de tempo.
. Permite ao educador selecionar, adquirir ou preparar o material adequado.
. Permite ao educador preparar-se com antecedência, quanto ao conteúdo do que irá ensinar.
. Permite graduar experiências a serem vividas pelos educandos.

Todo o planejamento deve:

. Ser flexível, isto é, pode ser modificado em caso de necessidade.
. Ser organizado em função da clientela.
. Ser adequado aos objetivos que se tem em vista.
. Ser realizado de acordo com os recursos de que se dispõe.
. Ser evitado avanços bruscos, interrupções ou retornos.
. Ser graduado, isto é, cada experiência deverá basear-se nas experiências anteriores.
. Criar um clima ameno, saudável e democrático na sala de aula.

Modelo de Planejamento
1- Sondagem
Conhecer o público: conhecer as crianças, sua idade, seu ambiente, seu nível cultural, suas necessidades é muito importante, se assim não agirmos, estaremos correndo o risco de propor ao aluno o que não é interessante para ele, o que é impossível de ele alcançar no momento ou que já foi alcançado.
Conhecer o assunto: É ter conhecimento básico de conteúdo. De um assunto podemos tirar vários conteúdos que poderão ser selecionados um ou mais para serem trabalhados.

2- Escolher os objetivos que serão trabalhados

Após a sondagem, estaremos preparados para dar mais um passo, que é estabelecer o que é possível alcançar em relação aos nossos alunos dentro do assunto.
O objetivo é a descrição clara do que pretendemos atingir dentro do assunto e deve ser estabelecido cuidadosamente após a sondagem.

3- Como trabalhar o conteúdo e com que recursos

Uma vez selecionados os nossos objetivos, o passo seguinte é saber como vamos trabalhar o conteúdo para atingir o objetivo. Selecionar o material que vamos usar para passar este conteúdo e para que, consequentemente possam aprender. Exemplo: fita de vídeo, cartaz, livro de estória, música, fantoches, teatro, etc.

4- Atividades para fixação do conteúdo

A atividade serve para fixação e compreensão dos conteúdos, além de estimular o desejo de aprender.
Exemplo: jogos, música, exercícios, desenho, pintura, modelagem, etc.

5- Avaliação da aula

De alguma forma devemos verificar se nossos objetivos foram ou não alcançados, bem como avaliar a qualidade de nosso trabalho. O objetivo foi realmente atingido? Consegui despertar a atenção dos alunos? etc.

2. ETAPAS DE UM PLANO DE AULA

1. INTRODUÇÃO

A introdução ou o começo da lição é o atrair a atenção e dirigi-la para o assunto do dia... Para prender a atenção é preciso estabelecer alguma espécie de contato com a mente do aluno... "A diferença entre o professor experimentado e o mestre novato aparece logo nos cinco primeiro minutos duma meia hora de lição. O novato olha primeiro para a lição, ao passo que o mestre de mão cheia olha primeiramente para os alunos".(Eduardo Leigh Pell)... O melhor ponto de contato, ou cabeça de ponte, para prender a atenção é o interesse natural do aluno, ou algo interessante na própria lição para onde podemos dirigir a mente do aluno. A curiosidade, ou o desejo de conhecer, é fundamental. Quando se desperta isso , teremos iniciado o aluno naquilo que importa... Weigle afirma, com razão: "Falharemos toda vez que não pudermos interessar o aluno pela lição a ser dada.
Nosso problema não é tornar a lição interessante pela artimanha dum método, ou por adicionar à lição certas histórias ou matérias agradáveis, embora estranhas: é, sim, tirar de cada lição o seu interesse intrínseco.". Podemos partir dum interesse íntimo ou dum problema a ele relacionado, e ir disso para algo na lição que com isso se relacione... Precisamos conhecer tanto quanto possível a vida de nossos alunos – seus interesses, experiências, passatempos favoritos e problemas. Devemos conhecer alguma coisa de sua vida doméstica, dos estudos que estão fazendo e experiências escolares, de suas atividades e problemas profissionais, de sua vida social, recreações, de seus problemas morais e religiosos. Deve o professor estudar o indivíduo por meio de livros, de observações e do seu testemunho pessoal. Daí poderá partir dos interesses do aluno e levá-lo à lição.....` ou partir da lição à luz dessas situações e delas tirar princípios que dizem respeito a esses interesses. De qualquer modo, terá sempre um bom ponto de contato.

2. DESENVOLVIMENTO

Tendo-se um esboço definido, o ensino se torna mais específico e de alvo bem certo. A lição planejada tem alvos preciosos, e assim não haverá dispersão, nem digressões... A lição verdadeira envolve o desenvolvimento de atitudes e leva o aluno a controlar sua conduta. Precisa o professor conservar-se alerta às ideias e atitudes da classe, e fazer delas o melhor uso possível. Isto significa o frequente emprego de ilustrações, de perguntas e de discussões ou debates. Exige igualmente a ajuda de materiais visuais, de dramatizações e de projetos. Na verdade, os métodos variarão de acordo com a idade dos alunos, de acordo com a qualidade do material e ainda de acordo com a habilidade do professor.

3. CONCLUSÃO

A parte final duma lição é aquela que desemboca na conclusão ou aplicação de tudo quanto se disse.... Sabemos que aquilo que se diz por último é que causa maior impressão e fica mias tempo na memória.... É preciso que o professor atualize a verdade e a aplique aos problemas de nossos dias, bem como aos alunos da classe. É preciso, também, enfatizar a verdade discutida...
... Na conclusão, boas ilustrações são de grande valor e eficácia, tanto para dar vida à verdade discutida como para aprofundar as convicções e impressões da mesma. Nada nos inspira tanto como ver a verdade encarnada.


4. FIXAÇÃO DE APRENDIZAGEM

Tem como objetivo a retenção da aprendizagem e de seus resultados. Utiliza-se para fixar a aprendizagem: a cartilha, a reprodução da história, a narrativa, utilizando gravuras e flanelógrafos (pelos alunos), exercícios no quadro, a conversação, as perguntas gerais à classe ou perguntas individuais. O canto, poema, etc. São diversas as formas de fixar a aprendizagem e dependem da criatividade e interesse do educador, em atingir o objetivo.

 (PRICE, J.M. - A PEDADOGIA DE JESUS: O MESTRE POR EXCELÊNCIA 4.ED. RIO DE JANEIRO: JUERP, 1983).

Nenhum comentário:

Postar um comentário