1.
PLANEJAMENTO
"Improvisar é recurso de
emergência. Programar para agir é condição de equilíbrio".
Joanna
de Ângelis
Todo o
empreendimento humano deve ser planejado para sua completa realização. Quanto
mais difícil e importante for o trabalho a ser realizado, tanto maior será a
necessidade do planejamento.
Ensinar
implica em ajudar a desenvolver a personalidade do educando; de um ensino bem
realizado depende o desenvolvimento harmonioso dessa personalidade.
Planejar o
ensino é prever os objetivos a alcançar e levar o educador a ensinar melhor,
porque:
. Permite
o atendimento de necessidades, capacidades e interesses dos educandos.
. Traz
maior segurança ao educador.
.
Proporciona economia de tempo.
. Permite
ao educador selecionar, adquirir ou preparar o material adequado.
. Permite
ao educador preparar-se com antecedência, quanto ao conteúdo do que irá
ensinar.
. Permite
graduar experiências a serem vividas pelos educandos.
Todo o
planejamento deve:
. Ser
flexível, isto é, pode ser modificado em caso de necessidade.
. Ser
organizado em função da clientela.
. Ser
adequado aos objetivos que se tem em vista.
. Ser
realizado de acordo com os recursos de que se dispõe.
. Ser
evitado avanços bruscos, interrupções ou retornos.
. Ser
graduado, isto é, cada experiência deverá basear-se nas experiências
anteriores.
. Criar um
clima ameno, saudável e democrático na sala de aula.
Modelo de Planejamento
1- Sondagem
Conhecer o público: conhecer as
crianças, sua idade, seu ambiente, seu nível cultural, suas necessidades é
muito importante, se assim não agirmos, estaremos correndo o risco de propor ao
aluno o que não é interessante para ele, o que é impossível de ele alcançar no
momento ou que já foi alcançado.
Conhecer o assunto: É ter
conhecimento básico de conteúdo. De um assunto podemos tirar vários conteúdos
que poderão ser selecionados um ou mais para serem trabalhados.
2- Escolher os objetivos que serão trabalhados
Após a
sondagem, estaremos preparados para dar mais um passo, que é estabelecer o que
é possível alcançar em relação aos nossos alunos dentro do assunto.
O objetivo
é a descrição clara do que pretendemos atingir dentro do assunto e deve ser
estabelecido cuidadosamente após a sondagem.
3- Como trabalhar o conteúdo e com que recursos
Uma vez
selecionados os nossos objetivos, o passo seguinte é saber como vamos trabalhar
o conteúdo para atingir o objetivo. Selecionar o material que vamos usar para
passar este conteúdo e para que, consequentemente possam aprender. Exemplo:
fita de vídeo, cartaz, livro de estória, música, fantoches, teatro, etc.
4- Atividades para fixação do conteúdo
A
atividade serve para fixação e compreensão dos conteúdos, além de estimular o
desejo de aprender.
Exemplo:
jogos, música, exercícios, desenho, pintura, modelagem, etc.
5- Avaliação da aula
De alguma
forma devemos verificar se nossos objetivos foram ou não alcançados, bem como
avaliar a qualidade de nosso trabalho. O objetivo foi realmente atingido?
Consegui despertar a atenção dos alunos? etc.
2. ETAPAS DE UM PLANO DE AULA
1. INTRODUÇÃO
A
introdução ou o começo da lição é o atrair a atenção e dirigi-la para o assunto
do dia... Para prender a atenção é preciso estabelecer alguma espécie de
contato com a mente do aluno... "A diferença entre o professor
experimentado e o mestre novato aparece logo nos cinco primeiro minutos duma
meia hora de lição. O novato olha primeiro para a lição, ao passo que o mestre
de mão cheia olha primeiramente para os alunos".(Eduardo Leigh Pell)... O
melhor ponto de contato, ou cabeça de ponte, para prender a atenção é o
interesse natural do aluno, ou algo interessante na própria lição para onde
podemos dirigir a mente do aluno. A curiosidade, ou o desejo de conhecer, é fundamental.
Quando se desperta isso , teremos iniciado o aluno naquilo que importa...
Weigle afirma, com razão: "Falharemos toda vez que não pudermos interessar
o aluno pela lição a ser dada.
Nosso
problema não é tornar a lição interessante pela artimanha dum método, ou por
adicionar à lição certas histórias ou matérias agradáveis, embora estranhas: é,
sim, tirar de cada lição o seu interesse intrínseco.". Podemos partir dum
interesse íntimo ou dum problema a ele relacionado, e ir disso para algo na
lição que com isso se relacione... Precisamos conhecer tanto quanto possível a vida
de nossos alunos – seus interesses, experiências, passatempos favoritos e
problemas. Devemos conhecer alguma coisa de sua vida doméstica, dos estudos que
estão fazendo e experiências escolares, de suas atividades e problemas
profissionais, de sua vida social, recreações, de seus problemas morais e
religiosos. Deve o professor estudar o indivíduo por meio de livros, de observações
e do seu testemunho pessoal. Daí poderá partir dos interesses do aluno e
levá-lo à lição.....` ou partir da lição à luz dessas situações e delas tirar
princípios que dizem respeito a esses interesses. De qualquer modo, terá sempre
um bom ponto de contato.
2. DESENVOLVIMENTO
Tendo-se
um esboço definido, o ensino se torna mais específico e de alvo bem certo. A
lição planejada tem alvos preciosos, e assim não haverá dispersão, nem
digressões... A lição verdadeira envolve o desenvolvimento de atitudes e leva o
aluno a controlar sua conduta. Precisa o professor conservar-se alerta às ideias
e atitudes da classe, e fazer delas o melhor uso possível. Isto significa o
frequente emprego de ilustrações, de perguntas e de discussões ou debates.
Exige igualmente a ajuda de materiais visuais, de dramatizações e de projetos.
Na verdade, os métodos variarão de acordo com a idade dos alunos, de acordo com
a qualidade do material e ainda de acordo com a habilidade do professor.
3. CONCLUSÃO
A parte
final duma lição é aquela que desemboca na conclusão ou aplicação de tudo
quanto se disse.... Sabemos que aquilo que se diz por último é que causa maior
impressão e fica mias tempo na memória.... É preciso que o professor atualize a
verdade e a aplique aos problemas de nossos dias, bem como aos alunos da classe.
É preciso, também, enfatizar a verdade discutida...
... Na
conclusão, boas ilustrações são de grande valor e eficácia, tanto para dar vida
à verdade discutida como para aprofundar as convicções e impressões da mesma.
Nada nos inspira tanto como ver a verdade encarnada.
4. FIXAÇÃO DE APRENDIZAGEM
Tem como
objetivo a retenção da aprendizagem e de seus resultados. Utiliza-se para fixar
a aprendizagem: a cartilha, a reprodução da história, a narrativa, utilizando
gravuras e flanelógrafos (pelos alunos), exercícios no quadro, a conversação,
as perguntas gerais à classe ou perguntas individuais. O canto, poema, etc. São
diversas as formas de fixar a aprendizagem e dependem da criatividade e
interesse do educador, em atingir o objetivo.
(PRICE,
J.M. - A PEDADOGIA DE JESUS: O MESTRE POR EXCELÊNCIA 4.ED. RIO DE JANEIRO:
JUERP, 1983).
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