Cientistas
da Universidade de São Paulo (USP) ligados ao Projeto Genoma estão fazendo
pesquisas para compreender o funcionamento dos neurônios nos portadores da
síndrome de autismo. Os pesquisadores já conseguiram decifrar três genes
relacionados à ocorrência de autismo. Os estudos dos cientistas foram
publicados no começo deste ano na revista científica Brain Research.
Conforme
a bióloga Maria Rita Santos e Passos Bueno, do Centro de Estudos do Genoma
Humano (Departamento de Genética e Biologia Evolutiva - Instituto de
Biociências), "já há um consenso internacional de que o autismo depende de
fatores genéticos. Acredita-se que há vários genes que possam estar associados
ao autismo".
Segundo
ela, o autismo é uma doença complexa e heterogênea, causada por diversas
alterações genéticas. "Algumas formas de autismo são associadas a
síndromes genéticas bem estabelecidas, como por exemplo, a síndrome do 'x
frágil' alteração do cromossomo x, que é uma síndrome relacionada ao retardo
menta" afirma.
Estudo
desenvolvido pela equipe da bióloga com mais de 250 portadores de autismo
verificou a recorrência de variações entre a quantidade de receptores de
serotonina e a própria substância (que atua como neurotransmissora e está
relacionada com emoções e com o sono). De acordo com Maria Rita Bueno,
verificou-se a disponibilidade de mais serotonina do que de receptores. Há mais
"chaves" que "fechaduras", simplifica.
"Possivelmente,
há muitos mecanismos genéticos que podem levar ao autismo. Casos que podem ser determinados
por erros em genes específicos ou por pequenas variações que estão no genoma
que chamamos de SNPs. Vários desses SNPs em alguns genes levam ao autismo"
explica a bióloga.
Os
pesquisadores da USP conseguiram verificar variações e decifrar três genes
relativos à síndrome do autismo (neurogulin 3; neurogulin 4 e shank 3).
Acesso em 12/01/13 as 21:10 horário de USA.
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