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terça-feira, 2 de julho de 2013

“Pensando mais uma vez e reinventando as relações entre creche e famílias”, Léa Tiriba

Juraci Reis
  
A autora explica com muita propriedade por sinal, a relação da sociedade como um todo na educação da criança. Segundo Léa Tiriba, as tecnologias tomam o espaço da educação materna e paterna, pois estes estão preocupados em ganhar a vida trabalhando nas indústrias, que por sua vez massifica, ou seja, impõe as vidas de seus empregados estilos que afetam diretamente em suas famílias que perdem no relacionamento, no afeto. A criança solitária torna-se refém da máquina. Todo seu referencial de comportamento vem da TV que passa a fazer parte integral de suas vidas. Até mesmo quando estão todos em casa, cada um fica na sua, divididos entre um vídeo game e a novela ou jogo de futebol, muitas vezes em aparelhos diferentes, acostumados que já estão a realizar separados sem nenhuma interação suas atividades. O diálogo é substituído, com a justificativa do cansaço, se dignam a resolver suas pendências dando a cada um o direito de fazer o que quer para substituir as carências. Dessa ausência da família, de amor, nasce engendrada numa concepção de substituto, a creche. Entretanto, as instituições engessadas pela falta de uma estrutura mais eficaz, conduzem metodologias conteudistas que estão longe da realidade de nossas crianças atualmente.
Com o afastamento da família pela extensa jornada de trabalho, permitindo o abandono dos filhos, cada vez mais cedo as crianças adentram a vida adulta, retirando delas o direito a infância, ao bem estar físico, mental e social.

Assim sendo, os modelos de creches precisam ser revistos dentro de um olhar voltado para as crianças contemporâneas, saindo do modelo arcaico vigente e valorizando o sentir e o pensar  delas, bem como o espaço de convivência, como caminho mais próximo para o seu pleno desenvolvimento.

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