“A primeira
FLIP ninguém esquece”
Juraci Reis
Cheguei ontem de manhã, da FLIP! Saímos
sábado 11 horas, viajamos a noite toda e chegamos ontem cedo em casa. Foi muito,
mas... muito maravilhoso! Não fossem as dores nos pés e o desconforto de viajar
em uma Vã, além de ficar sem banho desde sexta feira, seria tudo perfeito.
Ao chegar a Paraty, cidade delicada
e imponente, fomos direto buscar um banheiro, pois ninguém aguenta tanto tempo
sem usá-lo, não é mesmo? Nosso estacionamento ficou próximo a rodoviária, - se
é que podemos chamar “aquilo” de rodoviária. Acorda prefeitos! O povo de
qualquer lugar e seus visitantes merecem um bom atendimento e respeito. Ganhar dinheiro
com eventos como a FLIP, a prefeitura adora, certamente! Bom, deixemos isso
para outro movimento feito pelo povo, que felizmente está descobrindo a força
que tem. Continuemos! Ao encontrar o banheiro da “rodoviária” levamos um grande
susto com a quantidade de sujeira em um único local. Que decepção, não dava
para suportar aquilo... eca, que nojeira! Sem a manutenção devida e com parte do
povo usuário, igualmente em baixa conservação de higiene, decidimos deixar o local sob sua
observação.
A fome apertava, junto a vontade de
fazer xixi. Então juntamos as duas vontades e procuramos outro local, uma
padaria. Para nossa sorte tinha uma bem perto do estacionamento, a qual nos foi
indicada por um nascido na localidade. Mas, nem em todo lugar as padarias abrem
de madrugada! Então tivemos que esperar até às 7 horas quando já se formavam
uma fila enorme de moradores a espera do pão fresco, gente querendo tomar o
café da manhã e pessoas querendo fazer xixi, e ou, as duas coisas. Quando enfim
o dono da padaria resolveu abrir, ainda incluiu colocar as iguarias nas
prateleiras para depois atender as nossas necessidades. Imagine a minha agonia
e da minha amiga “Rosa” que na altura da coisa, já estava “murcha”, também pelo
frio intenso, mas, não somente por ele!
Faz ideia do que estou falando, né?
Pois é, foi barra. Mas, felizmente o grande portal se abriu e pudemos deixar nossas
vontades serem saciadas. Talvez tenha sido o melhor café da manhã da minha vida,
e olha que era um simples pão com queijo na chapa, acompanhado de café com
leite. Nada parecido com um banquete, mas ainda assim, foi um breakfast
delicioso!
Necessidades satisfeitas, era hora
de iniciar a maratona do dia, afinal foi para isso que estávamos ali. E cadê, em
que lugar ir primeiro e onde estariam nossos interesses? Ah, encontramos! Café Literário,
no SESC! Deliciosamente nos fartamos de café e cappuccino; caldo de abóbora, de
feijão e risos.
Pois é, além da delícia em participar
desse encontro cultural, também saímos dali, mais descontraídos e felizes, com
muitos risos produzidos pelas peças e contos; pelos atores e contadores de
elite tão quanto, que nos fez voltar no tempo, e experimentar, sermos crianças novamente.
Outros eventos nos foram igualmente bonitos, todavia, esse nos extasiou com sua
poética beleza.
Há muito tempo não gargalhava com
tamanha vontade! A sensação de descontração e liberdade para rir, sem limites,
foi me deixando leve, quase volitando, e sem preocupação ou responsabilidades.
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