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domingo, 7 de julho de 2013

Minha primeira FLIP

 “A primeira FLIP ninguém esquece”

Juraci Reis

Cheguei ontem de manhã, da FLIP! Saímos sábado 11 horas, viajamos a noite toda e chegamos ontem cedo em casa. Foi muito, mas... muito maravilhoso! Não fossem as dores nos pés e o desconforto de viajar em uma Vã, além de ficar sem banho desde sexta feira, seria tudo perfeito.
Ao chegar a Paraty, cidade delicada e imponente, fomos direto buscar um banheiro, pois ninguém aguenta tanto tempo sem usá-lo, não é mesmo? Nosso estacionamento ficou próximo a rodoviária, - se é que podemos chamar “aquilo” de rodoviária. Acorda prefeitos! O povo de qualquer lugar e seus visitantes merecem um bom atendimento e respeito. Ganhar dinheiro com eventos como a FLIP, a prefeitura adora, certamente! Bom, deixemos isso para outro movimento feito pelo povo, que felizmente está descobrindo a força que tem. Continuemos! Ao encontrar o banheiro da “rodoviária” levamos um grande susto com a quantidade de sujeira em um único local. Que decepção, não dava para suportar aquilo... eca, que nojeira! Sem a manutenção devida e com parte do povo usuário, igualmente em baixa conservação de higiene, decidimos deixar o local sob sua observação.
A fome apertava, junto a vontade de fazer xixi. Então juntamos as duas vontades e procuramos outro local, uma padaria. Para nossa sorte tinha uma bem perto do estacionamento, a qual nos foi indicada por um nascido na localidade. Mas, nem em todo lugar as padarias abrem de madrugada! Então tivemos que esperar até às 7 horas quando já se formavam uma fila enorme de moradores a espera do pão fresco, gente querendo tomar o café da manhã e pessoas querendo fazer xixi, e ou, as duas coisas. Quando enfim o dono da padaria resolveu abrir, ainda incluiu colocar as iguarias nas prateleiras para depois atender as nossas necessidades. Imagine a minha agonia e da minha amiga “Rosa” que na altura da coisa, já estava “murcha”, também pelo frio intenso, mas, não somente por ele!
Faz ideia do que estou falando, né? Pois é, foi barra. Mas, felizmente o grande portal se abriu e pudemos deixar nossas vontades serem saciadas. Talvez tenha sido o melhor café da manhã da minha vida, e olha que era um simples pão com queijo na chapa, acompanhado de café com leite. Nada parecido com um banquete, mas ainda assim, foi um breakfast delicioso!
Necessidades satisfeitas, era hora de iniciar a maratona do dia, afinal foi para isso que estávamos ali. E cadê, em que lugar ir primeiro e onde estariam nossos interesses? Ah, encontramos! Café Literário, no SESC! Deliciosamente nos fartamos de café e cappuccino; caldo de abóbora, de feijão e risos.
Pois é, além da delícia em participar desse encontro cultural, também saímos dali, mais descontraídos e felizes, com muitos risos produzidos pelas peças e contos; pelos atores e contadores de elite tão quanto, que nos fez voltar no tempo, e experimentar, sermos crianças novamente. Outros eventos nos foram igualmente bonitos, todavia, esse nos extasiou com sua poética beleza.

Há muito tempo não gargalhava com tamanha vontade! A sensação de descontração e liberdade para rir, sem limites, foi me deixando leve, quase volitando, e sem preocupação ou responsabilidades. 

terça-feira, 2 de julho de 2013

“Pensando mais uma vez e reinventando as relações entre creche e famílias”, Léa Tiriba

Juraci Reis
  
A autora explica com muita propriedade por sinal, a relação da sociedade como um todo na educação da criança. Segundo Léa Tiriba, as tecnologias tomam o espaço da educação materna e paterna, pois estes estão preocupados em ganhar a vida trabalhando nas indústrias, que por sua vez massifica, ou seja, impõe as vidas de seus empregados estilos que afetam diretamente em suas famílias que perdem no relacionamento, no afeto. A criança solitária torna-se refém da máquina. Todo seu referencial de comportamento vem da TV que passa a fazer parte integral de suas vidas. Até mesmo quando estão todos em casa, cada um fica na sua, divididos entre um vídeo game e a novela ou jogo de futebol, muitas vezes em aparelhos diferentes, acostumados que já estão a realizar separados sem nenhuma interação suas atividades. O diálogo é substituído, com a justificativa do cansaço, se dignam a resolver suas pendências dando a cada um o direito de fazer o que quer para substituir as carências. Dessa ausência da família, de amor, nasce engendrada numa concepção de substituto, a creche. Entretanto, as instituições engessadas pela falta de uma estrutura mais eficaz, conduzem metodologias conteudistas que estão longe da realidade de nossas crianças atualmente.
Com o afastamento da família pela extensa jornada de trabalho, permitindo o abandono dos filhos, cada vez mais cedo as crianças adentram a vida adulta, retirando delas o direito a infância, ao bem estar físico, mental e social.

Assim sendo, os modelos de creches precisam ser revistos dentro de um olhar voltado para as crianças contemporâneas, saindo do modelo arcaico vigente e valorizando o sentir e o pensar  delas, bem como o espaço de convivência, como caminho mais próximo para o seu pleno desenvolvimento.

Art.8º das DCNEI §1º - Proposta Pedagógica - Educação Infantil

Juraci Reis

As propostas pedagógicas das instituições de Educação Infantil deverão prever condições para o trabalho coletivo e para a organização de materiais, espaços e tempos que garantam  a educação em sua integralidade; que não separem das crianças as dimensões expressivo-motora, afetiva, cognitiva, linguística, ética, estética e sociocultural; que garantam a participação das famílias valorizando suas formas de organização; uma gestão democrática que considere os múltiplos saberes da comunidade; o respeito as diversidades individuais e coletivas das crianças, gerando interações entre faixa etária igual e diferente;  os deslocamentos e os movimentos amplos das crianças nos espaços internos e externos às salas de referência das turmas e à instituição;  um ambiente acessível para as crianças com deficiência, transtornos globais de desenvolvimento e altas habilidades/superdotação; a assimilação pelas crianças das contribuições histórico-culturais de povos e etnias diferentes; a interação das crianças com as histórias e as culturas afro-brasileiras, bem como o combate ao racismo e à discriminação; e por fim, a dignidade da criança como pessoa humana, tendo a garantia de proteção contra qualquer forma de violência  e negligência.


Art. 29, 30, e 31 da LDB - Educação Infantil

Juraci reis
No Art. 29. Da LDB, reza que a educação infantil, tem por finalidade o desenvolvimento integral da criança até cinco anos de idade, inicialmente compreendia até aos seis anos, no entanto essa faixa etária agora faz parte do Ensino Fundamenta I. Segundo a lei as ações devem complementar aos da família em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social.
A educação infantil será oferecida em creches e pré-escolas (art.30) tendo a sua avaliação realizada por registros, mediante acompanhamento do desenvolvimento da criança sem o intuito de promoção (art.31).
Por fim vamos encontrar no artigo 62 a definição da formação docente para esse nível de escolaridade, afirmando que para o exercício do magistério na Educação Infantil deve o profissional ter o nível superior no mínimo. Cabendo, portanto a União, o Distrito Federal, os Estados e os Municípios, promover a formação inicial, a continuada e a capacitação dos profissionais de magistério. Sendo esse o grande desafio da Educação Básica, ou seja, capacitar profissionais de qualidade para atuar nessa faixa de idade ainda é uma questão complicada na Educação brasileira. No entanto, mesmo com todas as dificuldades, a inserção desses artigos na LDB foi um grande avanço para a educação infantil.


10 direitos da criança de Maria malta Campos

O textoEsta creche respeita a criança, critérios para a unidade creche”, de Maria Malta Campos, aponta dez direitos das crianças.

Quais são estes direitos?

Os direitos que garantem a criança o direito a brincadeira; a atenção individual; a um ambiente aconchegante, seguro e estimulante; ao contato direto com a natureza; a higiene e a saúde; a uma alimentação sadia; a desenvolver sua curiosidade, imaginação e capacidade de expressão; ao movimento em espaços amplos; a proteção, ao afeto e a amizade; a expressar seus sentimentos; a uma especial atenção durante seu período de adaptação a creche; a desenvolver sua identidade cultural, racial e religiosa.
Segundo a autora, é muito importante que as creches reconheçam as diferenças desde o início, para que possa atender seus pequenos individualmente, pensando cada criança como única. Sendo assim o preparo de atendimento deve levar em conta o ser que precisa de atendimento específico, com o mesmo respeito e necessidades de qualquer outro.
A adaptação deve levar em consideração o grau de dependência desse pequeno, sua autonomia, respeitando, portanto o tempo de cada um.

Assim, o planejamento tem que ser flexível, pois a fase de adaptação é muito particular, não sendo, deste modo regra geral e sim um momento especial, individual. O ambiente para a criança deve ser o mais respeitoso possível, onde elas sintam-se acolhidas e amadas bem como, que lhe deem segurança e bem estar. 

Art. 6º das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil

 Juraci Reis

O Art. 6º das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil define que as propostas pedagógicas de Educação Infantil devem respeitar princípios.
                    
Os princípios são éticos, políticos e estéticos.

1.  “Éticos: da autonomia, da responsabilidade, da solidariedade e do respeito ao bem comum, ao meio ambiente e às diferentes culturas, identidades e singularidades.”
Respeitar os princípios Éticos significa valorizar as diferentes culturas na sala de aula, bem como saber ouvir e ficar atentos as necessidades de cada um, suas preocupações e anseios. É muito importante que a Educação Infantil em suas Propostas Pedagógicas apresente qualidade na oferta de serviços, garantindo que as crianças desenvolvam sua autonomia, e assim, façam escolhas nas suas vidas diárias, ampliando as possibilidades de aprendizagem com responsabilidade, solidariedade e respeito mutuo. Igualmente, que tenham assegurado a liberdade de expressão das crianças, ampliando a visão de mundo dos pequenos, tanto individual como coletiva.

2.  “Políticos: dos direitos de cidadania, do exercício da criticidade e do respeito à ordem democrática.”
É muito importante que o aprendizado da criança seja significativo, ou seja, faça parte da vida dela. E funcional, que tenha utilidade, serventia para ela. Dessa forma então, educação para a cidadania precisa dar condições para que os pequenos aprendam a elaborar suas ideias e opiniões, bem como respeitar a opinião dos outros. A participação de todos deve ser valorada promovendo a formação crítica das crianças com respeito ao coletivo, capaz, portanto, de favorecer a interação do aluno com o grupo social em que está inserido.

3.  “Estéticos: da sensibilidade, da criatividade, da ludicidade e da liberdade de expressão nas diferentes manifestações artísticas e culturais.”
A valorização da sensibilidade criadora com a garantia de acesso a técnicas de assimilação de conhecimentos e aprendizagens de diferentes linguagens, assim como o direito à liberdade de expressão, à confiança, à dignidade, à brincadeira, ao respeito, à convivência, à proteção e à interação com seus pares, deve ser prioridade na Educação Infantil.
Para que ocorra um crescimento individual e coletivo, é preciso que se propicie um ambiente de aprendizagem agradável e acolhedor, que estimule a exploração sensorial. Os jogos interativos em grupos, a descoberta de sons do próprio corpo e a experimentação das diversas formas, amplia as possibilidades de desenvolvimento nas diferentes manifestações culturais.